quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O TEMPO DE NATAL




Enfeitam-se os pinheirinhos
Com fitinhas e bolinhas
Bonequinhos e prendinhas
Embrulhos e embrulhinhos
Numa azáfama total
Chama-se o pai Natal
Mas estes símbolos não bastam
Não devemos esquecer
A razão desta alegria
Que nos envolve
O sentimento profundo,
DESSE que veio ao mundo
A LUZ
Que nos conduz
A festa do nascimento
O NATAL DE JESUS


Fernanda Lucia

OS JARDINS




Espaços bucólicos nas vilas ou cidades
Neles nos abstraímos das confusões
Dos ruídos,das pressas, dos apertões
Esquecendo por instantes, pontualidades...

Um jardim tem sempre umas novidades
Flores que há pouco estavam em botão
Abriram maravilhosas variedades
Que nos enchem a vista e o coração

Grandes árvores e arbustos em redor
Lindos jardins, muita cor toda a beleza
A diversidade que nos dá a natureza
Devemos conservar,tratando-a com amor

Sentados perto de uma bela amoreira
Com saudade doutros tempos recordar
Umas folhinhas com prazer ia buscar
Pr’os meus bichos da seda alimentar

Na frescura dos jardins repousamos
Lendo um livro ou olhando as crianças
Que brincam despreocupadas, felizes,
Interrogando o futuro destes petizes
Entregamos a Deus nossas esperanças

Fernanda Lúcia

AI, PENAS DO MEU PENAR!!



As penas que trago comigo
São cada vez mais pesadas
Aquilo que não consigo
São penas já arrastadas
Ai,penas do meu penar!!
As penas com que escrevo
Tenho-as na minha mão
As palavras que são escritas
Brotam do meu coração
Muitas ávidas de doçura
Outras de lágrimas banhadas
Sentem falta de ternura
Esperam mais compreensão
Penas que tenho guardadas
Na minh’alma já vai tempo
Recordam outras passagens
Da vida, nalguns momentos
Jamais serão esquecidas
P’ra sempre ficam marcadas
Ai, penas do meu penar!!


Fernanda Lúcia

domingo, 13 de novembro de 2011

QUEM DIRIA!!



Quem diria!
Que não iria
Estar contigo
Nos teus anos
Nesse dia
Meu Amigo
Quem diria!
Que não poderia
Ser presente
Ser contigo.
Nesse dia
Quem diria!
Que não te veria
Um beijo não te daria
Um abraço não receberias
De muita amizade
Amizade de muitos anos...
Quem diria!
Que não ouviria
A tua voz sempre meiga
Para toda a gente
E que eu doente
Estaria...
Quem diria!

Fernanda Lúcia
20011-10-15

TONS OUTONAIS



Foi-se anunciando devagarinho
Outono ainda quente amarelinho
Tombam ao chão folhas já sequinhas
Misturando-se ainda com verdinhas

Os dias, devagar vão encurtando
Há um tom doirado ao cair da tarde
Destinado às castanhas o lume já arde
Quentinhas,diz o vendedor apregoando

Está muito mais fresco, as andorinhas
Partiram para regiões onde há calor
As praias quase desertas, as conchinhas
Vão entoando, sozinhas, melodias de amor

Nas florestas pálidos raios de sol luzentes
Entrecortados por ramagens meio despidas
Nas ruas a chuvinha molha as gentes
Que correm céleres para as suas vidas

Fernanda Lúcia

DISTRITO DE AVEIRO (2)



Na linda Ria espelha-se a cidade
Conferindo-lhe renome no pais
As ilhas na laguna uma realidade
Que fazem uma pessoa feliz

Desde Mira até Ovar está separada
Do mar, num estreito cordão de areia
Até ás gentes ribeirinhas alongada
Levando lhes produtos de mão cheia

Em aves aquáticas e em peixes mui ricos
Local para desportos,bem aproveitados
Permitem aos turistas passeios magníficos
Que nunca mais por eles são olvidados

No museu de Aveiro abrangentes colecções
Azulejaria,ourivesaria,mobiliário, escultura
Espólios do Convento de Jesus, orações...
Todo o visitante merece ter esta ventura

..........Fernanda Lúcia

O DISTRITO DE AVEIRO



O DISTRITO DE AVEIRO

Rio Vouga por onde passa
Não esquecerei teu encanto
Todo o percurso nos mostras
Como é lindo este recanto

Esse comboio o vouguinha
Passa pontes vai na brasa
Vai tremendo pela linha
Leva pessoas para casa

Indo eu, a caminho de Viseu
Vou e volto para Aveiro
Pelo caminho que, é o meu
Sem fôlego o dia inteiro

Fernanda Lúcia

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CAROS AMIGOS E VISITANTES DO BLOG


Por razões de saúde estou momentâneamente impedida de continuar a postar regularmente. Logo que possível voltarei à actividade de manutenção deste Blog com as minhas poesias.

Um abraço para todos,
Fernanda Lúcia

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O DESPERTAR DA BICHARADA


Moro próximo deste magnífico recanto
O Zoo de Lisboa é uma alegria ao despertar
Mal o sol desponta começa a ouvir-se o canto
Que os diversos animais nos vão mimosear

São sons bem diferentes que cada um emite
Mas que sabe bem ouvir esta natureza em festa
Dando os bons-dias ao tratador que os assiste
Não há nos arredores uma folia como esta

Os variados passarinhos a música afinando
As focas satisfeitas resolvem as palmas bater
Os macacos aos guinchos sempre saltitando
Não deixam os leões sequer adormecer

As avestruzes,e as girafas na sua pose decidida
Continuam agora nos seus passeios remoendo
As folhas que nas alturas ajudam a dar vida
Com o seu pescoço imenso as vão comendo

É de tarde os animais como por encanto
Estão meio adormecidos com o calor
Já não se ouve qualquer ruído ou pranto
Porque se sentem envolvidos num torpor

Fernanda Lúcia
25-9-2011

HINO À VIDA




Quantos pensamentos por mim passaram
Nestes dias tão tristes que então vivi...
Foram tantas as dúvidas que me assaltaram
Imensas, eternas imagens que ora descobri
Como pode ser a vida que é bela, tão fugaz
Num instante, num momemto, se pode alterar?
Mas guiados por Aquele que tanto nos apraz
Conduzindo as mãos do médico para nos salvar
Á vida é uma luta que louvamos constantemente
Quando vitoriosos a cantamos sem cessar
Tudo à minha volta parece ter nascido novamente
Nesta magnífica experiência que acabei de passar

Fernanda Lúcia

LINDO DIA DE SOL


Lá fora o sol brilha convidando
A um belo passeio para arejar
Todavia não vou beneficiando
Deste convite, sim, terei de esperar

Demorarei mais pacientemente
Até que possa ter mobilidade
Aguardo os sonhos naturalmente
Se possam transformar em realidade

Breve poderei beneficiar certamente
O calor dos raios do sol que aquecem
Saindo para a rua nesta hora tão quente
Cantando felicidade que as horas tecem

Fernanda Lúcia

A ESCOLA DE OUTROS TEMPOS



Geralmente construída para essa finalidade
A escola primária tinha boa apresentação
Segundo a arquitetura e funcionalidade
Havia uma muito estudada planificação

O plano conde de Ferreira e o de Grandela
Seriam talvez os maiores e mais antigos
Coincidentes com os mareantes, a caravela
Apareceram o dos Centenários mais evoluídos

As salas de aula equipadas com um fogão
Para que no inverno, frio, ninguém tivesse
Cada aluno poderia trazer uma acha na mão
Que se punha a arder e a sala se aquecesse

Era uma forma educativa de as matas limpar
Nas escolas situadas nas zonas frias do país
Assim a criança usufruia um bem-estar
Que ajudava a aprendizagem e era feliz

Nas paredes das salas cartas geográficas havia
Ao canto a caixa métrica com todo o seu valor
Esperando chegar a ocasião aberta seria
E muito bem explicada pelo nosso professor

Se nem tudo era um mar de rosas na verdade
O professor era uma autoridade respeitada
Preparava os seus alunos com seriedade
Não passando os que sabiam mesmo nada

Numa época de computadores de toda a informação
Todo o mundo está a um clique da sua mão
O aluno porém tem uma Cultura Geral reduzida
O que é pena em algumas situações da sua vida

Fernanda Lúcia

domingo, 31 de julho de 2011

SE ESTA VELHA PEDRA OUVISSE

O DESPERTAR



Nos joguinhos infantis
Crianças com segredinhos
Deitando olhares subtis
Escolhem seus amiguinhos

Mas vai passando a idade
Das meninas e dos meninos
Desperta a sensualidade
Já seguem outros destinos

Olhando o sexo oposto
Numa visão já madura
Planeiam com gosto
Uma eterna ventura
Fernanda Lúcia
2009

O DIA DOS TEUS ANOS



Hoje, o teu aniversário estou lembrando
Faltam palavras para as saudades exprimir
Tudo na minha alma vai recordando
Não sei como sozinha, calar o meu sentir

Fazias mais três anos que eu, meu amor
Deixaste-me muito cedo, e eu sonhava
Que um dia já velhinhos a vida se passava
Bem juntinhos, com os netos em redor

Cá em casa havia nesta data uma festinha
Todos giravam à tua volta alegremente
Os nossos filhos compravam uma prendinha
Com beijinhos ta ofereciam , ternamente

Eras o Esposo, o Pai, o Avô, o Amigo
O nosso conselheiro, o nosso defensor
Deus te levou há muito tempo consigo
Por ti ,rezo minhas preces ao CRIADOR
Fernanda Lúcia
01-011- 2010

sábado, 23 de julho de 2011

EVOCANDO CAMÕES E FERNANDO PESSOA







...” cantando espalharei
.por toda a parte...”
Triste, escreverei a toda a gente
A mágoa que fundo me consome
O futuro que já hoje está presente
Ver que o português morre de fome

...” e aqueles que por obras
. valorosas se vão da lei
. da morte libertando...”
E estes por manobras gananciosas
Dizendo tudo ser um mar de rosas
Rápido, nosso País vão soçobrando

... “ esse fulgor baço da terra
.ver Portugal a entristecer...”

Porque a todo o mundo
estamos a dever...
Fernanda Lúcia
Julho 2010

MÃE


Minha Mãe, mulher linda
Como eu sinto ainda
A tua ternura infinda!...
Quis ser a tua imagem
Ter tua Fé e coragem
Na luta, no sofrimento.
Nas mágoas que passaste
Por mim, te sacrificaste
Sem queixa nem um lamento
Foste o meu anjo, meu guia
Acalentaste meus filhos
Que te lembram, avozinha
Dos beijinhos que lhes davas
Das histórias que contavas
Quando iam p’ra caminha...

Muitos anos já passaram
Perenes saudades ficaram...
Que Deus te recompense
Este poema te escrevo
MÃE, a ti tanto devo!

Fernanda Lúcia

FÉRIAS DE MARÇO



Da Huíla, muito cedo pela estrada
Rumo a Luanda íamos os sete
Avózinha, quatro filhos, pai e mãe
Mil e duzentos quilómetros, de viagem
Os meninos nem viam a paisagem
Brincavam todo o caminho, discutiam
O pai zangava-se p’lo ruído que faziam!

Durante o caminho, descansando
Parávamos em Caala, Cela e Dondo.
Aí, refrescos bebíamos , com prazer
De chegar a Luanda, todos desejando
O Hotel Paris; nele, íamos permanecer.

Do estádio dos Coqueiros, pertinho
Era um Hotel ideal para crianças
Tinha um jardim interior onde brincar
Todas as manhãs, já o sol aquecia
Partíamos para a Ilha bem cedinho
Os meninos, numa intensa alegria...
As praias de areias finas, a escaldar
Tépidas águas, em que sabia bem nadar
Fernanda Lúcia - 1968

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ENCONTRO DE GERAÇÕES



Crescia um sentimento em todos nós
Seria fundamental que nos reunÍssemos
Num misto de alegria e de saudade
Foi como todos falassem a uma só voz!

Não deixaremos de nos voltar a juntar
Que seja por muitos anos esta ventura
Aos nossos mais novos, sempre mostrar
Como todos juntos, a família se assegura

Vai ficar certamente com gosto já marcada
Uma próxima e saudável convivência
Em Coimbra, onde toda a família convergia

Era a fonte, era o berço, era a morada
Era a ternura, a desmedida paciência
Pelos filhos, pelos netos, a AVÓ MARIA!!

Em Coimbra, será sempre a memória
Em Coimbra, é uma continuidade
Em Coimbra, revive-se a saudade
Dezembro, 2009

LEONIE




BOQUINHA DE MIMO,
OLHINHOS D’ESPERTA,
CORPINHO REDONDO
É A MINHA BISNETA.

JÁ DIZ PAPÁ,
JÁ DIZ MAMÃ,
É UMA ALEGRIA,
LOGO DE MANHÃ1

JÁ CONHECE A MÃO,
JÁ CONHECE O PÉ,
A SUA CABECINHA
SÓ DIZ QUE “ NÃO “
ENTENDE EM PORTUGUÊS,
ENTENDE EM ALEMÃO.

BATE PALMINHAS,
BALBUCIA E RI.
LHE...LHE...LHE...
DING...DING... DI
É UM AMORZINHO,
A MINHA LÉONIE!!

ECKERNFORDE
25-11-08
Bisavó Fernanda Lúcia
Portugal

MULHER 2


Mulher-menina, mulher-solteira
Mulher-esposa e mulher-mãe
-lutadora; férias não tem!...
Mulher que dá à luz um filho;
.nos seus olhos há mais brilho.
Mulher que não tem espaço
.ao fim d’um dia de cansaço.
Mulher que amamenta, embala
.sorrindo ao filho doente.
Mulher que sofre e chora,
.afagando docemente
.o filho deficiente.
Mulher que ama, mulher almejada,
.mulher abusada, mulher ofendida
.mulher reprimida ao longo da vida,
.mulher que vence com seu labor
Mulher- respeito , mulher - amor.

Fernanda Lúcia

quinta-feira, 7 de julho de 2011

MEU PORTUGAL, MEU PAÍS



Tantos homens fizeram a História,
Deste lindo país que amamos.
Quantos lutaram até à vitória,
Nós, hoje, com orgulho lembramos.


Conquistadores, navegadores, médicos,
Exploradores, escritores, santos,
Missionários, poetas, matemáticos,
Disse todos? Não! São tantos!...


Gente anónima pela Pátria pereceu.
Que se sacrificou pelo País que temos.
Mas, ao longo dos séculos tudo sucedeu,
E houve nomes que não mais esquecemos.


Herói – soldado, um deles,,,admirável!
Nuno Àlvares Pereira, depois de Aljubarrota
Ao Convento do Carmo se recolheu
Ele, Beato Nuno, o Santo Condestável


Que todos nós saibamos
Honrar a nossa História!!!



24-4-2009

LISBOA, MINHA CIDADE


Lisboa, minha cidade
Onde nasci e morei
Alguns anos mais tarde
De ti, triste me separei

Minha terra tão antiga
Dos eléctricos e pregões
Os “ ROBERTOS”lá nas ruas
Teatrinhos de ilusões
O teu Castelo altaneiro
O Tejo namoradeiro
Onde cruza o dia inteiro
O velhinho Cacilheiro
Jardim da Estrela ridente
De arvoredos verdejantes
Sombras frescas, repousantes
Banquinhos por todo o lado
Convidando ao descanso
Do corpo e alma da gente

Ao portão deste recanto
Frente à Basílica da Estrela
Pobres mulheres abancavam
Vendendo colares de pinhões
Que custavam dois tostões
Aos meninos que passavam

Ó jardim da minha infância
P’las tuas áleas corria
As escadas do coreto
Feliz, subia e descia
Por ele, ia todos os dias
A caminho do Liceu
Era um bulício constante
Juventude esfuziante...
Tantos anos já passaram!!
Mas as saudades ficaram
Do meu tempo de estudante...


Fernanda Lúcia
Junho - 2010

CHAMAS QUE QUEIMAM -DA PENEDA AO GERÊS


Meu Deus o que o fogo fez!
As Maravilhas queimou
Nem só uma lá ficou.
Do Barroso a Montesinho
Lambeu tudo no caminho
Ao Alvão também chegou
Tanta mata ele levou...
Florestas desaparecidas
As terras enegrecidas
Raízes as suportavam
Das águas as seguravam
Os animais perderam
O local onde aninhavam
Só vidas amarguradas
Almas de sonhos sonhadas

Fernanda Lúcia
Verão 2010



sábado, 2 de julho de 2011

DIA DE S. JOSÉ, DIA DO PAI



Uma felicidade quem ainda o tem!...

Acolhendo seu bebé com calor
O Pai transmite-lhe o seu amor
Embalando com carinho sua criança
Em seu colo, dá-lhe a segurança
Eterna saudade de quem já o perdeu...
Ternamente, o vai sempre recordando
Os episódios da vida que foi passando
Pobre, aquele que nunca o conheceu.
Que em seus braços não soube estar,
Jamais seus carinhos recebeu,
Os exemplos e conselhos não ouviu
Nasceu, cresceu, sonhou e nunca o viu.

Fernanda Lúcia

quinta-feira, 30 de junho de 2011

DESTRUIÇÃO



Ver o meu pais ardente
Por todo o lado, terra quente
Florestas, animais, gente
A quem a desgraça tocou
Tudo o fogo lhes levou.
Sentindo uma tristeza imensa
A minha alma rezou.

Será que é um destino
Que este país pequenino
Se transforme em fogueira
Anualmente, em desatino?

Fernanda Lúcia

BEIJOS



Doces manifestações de ternura
Oferecidos a quem quer que seja
Em todas as situações d’amor e afecto
Todos precisamos ao longo da vida
Beijinhos, em qualquer altura.

Quanta beleza , ao ver, não tem
O Pai beijando seu filhinho
A dormir sereno, tranquilo
Sorrindo, nos braços de sua Mãe!

Um beijo conforta o doente
Minimiza a dor que a criança sente
Dá ânimo ao velhinho para suportar

Beijos selando um amor sem fim
Beijinhos que devagarinho acordam
Os filhos, os netinhos que dormem...

Fernanda Lúcia

AQUELE SONHO






Fernanda Lúcia




NATAL 2010

AO ENTARDECER







Fernanda Lúcia

quarta-feira, 29 de junho de 2011

EU QUERIA SER...





Eu queria ser a Estrela
Lá em cima, de vigia
Eu queria ser como o Sol
Que aquece e alumia
Eu queria ser a Lua cheia
Clareando a noite escura
Queria ter esta ventura
Iluminava os caminhos
Onde passam casalinhos
Abraçados, aos beijinhos
Eu queria ser a andorinha
Voar p’ra terras distantes
Onde há vidas contrastantes
Riqueza, fome, medo, guerra
Um ror de feridas na terra
Onde muitos têm muito
E milhões não têm nada
Eu queria ser um Anjo
Para as lutas acalmar
Todas as chagas sarar
Daria alegria aos tristes
E esperança aos descrentes
Aos insensíveis, sentimentos
Ninguém fariam sofrer
Eu queria ser...

Fernanda Lúcia