segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O DESPERTAR DA BICHARADA


Moro próximo deste magnífico recanto
O Zoo de Lisboa é uma alegria ao despertar
Mal o sol desponta começa a ouvir-se o canto
Que os diversos animais nos vão mimosear

São sons bem diferentes que cada um emite
Mas que sabe bem ouvir esta natureza em festa
Dando os bons-dias ao tratador que os assiste
Não há nos arredores uma folia como esta

Os variados passarinhos a música afinando
As focas satisfeitas resolvem as palmas bater
Os macacos aos guinchos sempre saltitando
Não deixam os leões sequer adormecer

As avestruzes,e as girafas na sua pose decidida
Continuam agora nos seus passeios remoendo
As folhas que nas alturas ajudam a dar vida
Com o seu pescoço imenso as vão comendo

É de tarde os animais como por encanto
Estão meio adormecidos com o calor
Já não se ouve qualquer ruído ou pranto
Porque se sentem envolvidos num torpor

Fernanda Lúcia
25-9-2011

HINO À VIDA




Quantos pensamentos por mim passaram
Nestes dias tão tristes que então vivi...
Foram tantas as dúvidas que me assaltaram
Imensas, eternas imagens que ora descobri
Como pode ser a vida que é bela, tão fugaz
Num instante, num momemto, se pode alterar?
Mas guiados por Aquele que tanto nos apraz
Conduzindo as mãos do médico para nos salvar
Á vida é uma luta que louvamos constantemente
Quando vitoriosos a cantamos sem cessar
Tudo à minha volta parece ter nascido novamente
Nesta magnífica experiência que acabei de passar

Fernanda Lúcia

LINDO DIA DE SOL


Lá fora o sol brilha convidando
A um belo passeio para arejar
Todavia não vou beneficiando
Deste convite, sim, terei de esperar

Demorarei mais pacientemente
Até que possa ter mobilidade
Aguardo os sonhos naturalmente
Se possam transformar em realidade

Breve poderei beneficiar certamente
O calor dos raios do sol que aquecem
Saindo para a rua nesta hora tão quente
Cantando felicidade que as horas tecem

Fernanda Lúcia

A ESCOLA DE OUTROS TEMPOS



Geralmente construída para essa finalidade
A escola primária tinha boa apresentação
Segundo a arquitetura e funcionalidade
Havia uma muito estudada planificação

O plano conde de Ferreira e o de Grandela
Seriam talvez os maiores e mais antigos
Coincidentes com os mareantes, a caravela
Apareceram o dos Centenários mais evoluídos

As salas de aula equipadas com um fogão
Para que no inverno, frio, ninguém tivesse
Cada aluno poderia trazer uma acha na mão
Que se punha a arder e a sala se aquecesse

Era uma forma educativa de as matas limpar
Nas escolas situadas nas zonas frias do país
Assim a criança usufruia um bem-estar
Que ajudava a aprendizagem e era feliz

Nas paredes das salas cartas geográficas havia
Ao canto a caixa métrica com todo o seu valor
Esperando chegar a ocasião aberta seria
E muito bem explicada pelo nosso professor

Se nem tudo era um mar de rosas na verdade
O professor era uma autoridade respeitada
Preparava os seus alunos com seriedade
Não passando os que sabiam mesmo nada

Numa época de computadores de toda a informação
Todo o mundo está a um clique da sua mão
O aluno porém tem uma Cultura Geral reduzida
O que é pena em algumas situações da sua vida

Fernanda Lúcia