quinta-feira, 5 de abril de 2012

DIA MUNDIAL DA POESIA



A POESIA

É a poesia a doçura da minh’alma!
É o tempo que me acalma,
Aquilo que me dá mais prazer,
Pensar, compor escrever...
No remanso ideal do meu novo lar
Rodeada dos meus livros,
Que amigos poetas me ofereceram
Leio os que desapareceram.
Fico a pensar neles, no seu intrínseco valor
Como a poesia lhes deu voz.
Essa voz, que hoje perdura com vigor
E continuada pelos presentes
Que fazem ecoar pelo mundo inteiro
A ternura, a amizade, o amor
Num grito sublime que não tem fim
Os poetas e sua sensibilidade
...............Sempre de vigia
Comemoram o seu dia
Hoje,Dia Mundial da Poesia

Fernanda Lúcia
21 Março
2012

À MINHA FILHA SISSI


Quando todos os desígnios apontaram
Retirar a vida em plena juventude
Quando o parecer do médico não ilude
Então sonhos para sempre terminaram

Ficou mais uma estrelinha brilhando
Na noite celestial que nos envolve
Entre milhões no céu se misturando
Neste espaço infinito que nos cobre

Fernanda Lúcia
MÃE
11/Março

O MELRO E OS PARDAIS


Um melro já gorducho passou por aqui
Apressado, procurando alguma comidinha
Por detrás dos fetos que crescem por aí...
Com um verme no bico, dá uma corridinha

Voou para um ramo de um alto arbusto
Seu amarelo bico, de longe, vou observando
Que realça nas penas do corpo de preto vestido...
a espreitar os pardalitos, em baixo, pulando

Mais corpulento que os seus companheiros
O melro desce, passeia entre eles, já confortado
E os pardais debicam migalhas, nos canteiros
Que sobram das mesas e a eles destinadas

Saciados, levantam voo num bando, em viagem
Seguidos pelo melro que com outros vai ter
Misturam-se os corpinhos por entre a folhagem
das árvores e arbustos...Deixei de os ver!!

Fernanda Lúcia
Março 2012

LIVROS




Livros, meus companheiros
Das horas de sonho e tristeza
Sois os eternos ouvintes
Nesta vida de incerteza
Convosco, namoro dias inteiros
Vos procuro desabafando
E minha vida vai andando
Neste deserto murado
De jardins bem rodeado
Plantas por todo o lado
Onde lhes não vejo o fim...
Penso, o que vai ser de mim?

Livros, sois os fiéis amigos
Sempre prontos pra escutar
Minhas angústias e dúvidas
Que as trago há muito comigo
Contrariedades, permitidas
Em que há muito pra contar

Livros, matai a minha sede
E a fome das coisas belas
A minh’alma vos pede
Levai-me até às estrelas

Fernanda Lúcia