terça-feira, 2 de outubro de 2012

Madrugada

MADRUGADA

Ainda um novo dia estava a começar,
Quando a independência se perdeu.
Tudo contribuiu para não regressar,
Sem uma companhia, Deus meu!!

Foi na vida, uma reviravolta total,
Esta que sucedeu inesperadamente.
Valeu-me um Amigo sempre igual,
Com quem eu conto, certamente.

Têm um ano estes acontecimentos.
Que a sair de casa me levaram.
Agora, vivo nesta, durante uns tempos,
Rodeada de pessoas que me mimaram.

Fico por aqui, o que é mais que certo.
Recebo a familia e os amigos da poesia.
Observo a natureza que está perto,
Assim é e será, o meu dia a dia.

À minha volta, há livros com muito amor,
Personalizo o meu quarto com ternura.
Fotografias, e o que me dá mais calor,
Preenchem o meu espaço com doçura

                 Fernanda Lúcia

BORBOLETA BRANCA

Que andas tu a fazer ao meu lado
Pousa aqui, pousa acolá, esvoaçando?
Pequena borboleta, me tens acompanhado
Neste pequeno passeio que vou dando.

És branquinha como a alvura do algodão,
Que enche os campos dos países tropicais.
Não me deixes aqui nesta imensa solidão,
Pequenina borboleta volta, volta mais...

Teu esvoaçar em torno do meu corpo,
Preenche os minutos deste meu caminho,
E à medida que avanço de mansinho.

Admiro e agradeço a tua companhia,
Mas,este sol ardente queima teu corpinho!
Procura a sombra, vai devagarinho...


                 Fernanda Lúcia